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SAS prepara novas tacadas no mercado brasileiro

Valor Econômico - 11/02/2009

Márcio Dobal não tem encontrado muito tempo para aproveitar a mesa de bilhar instalada no novo espaço de "descompressão" - uma sala onde os funcionários vão para esfriar a cabeça - no quartel-general da SAS, em São Paulo. Mas como presidente da companhia americana no Cone Sul, cabe a ele manter o ritmo de jogo da fabricante de software no país e, principalmente, tornar bem-sucedidas as novas tacadas planejadas para este ano. A estratégia prevê dois lances principais: a ofensiva na direção de clientes que atuam em áreas hoje pouco atendidas e a introdução de um modelo comercial baseado no aluguel dos programas, em vez da tradicional venda das licenças.  Os programas de gerenciamento de campanha são outra aposta da SAS no país. O software identifica diferentes perfis de clientes, cruza essa base com os produtos da companhia e ajuda a formatar pacotes promocionais sob medida, além de sugerir os canais para alcançar o usuário, como e-mail, mensagens por celular, atendimento telefônico etc. Ao fim do processo, o software também mede o retorno financeiro de cada tipo de ação. Além de novos programas, a SAS também vai iniciar um modelo de venda paralelo ao negócio central das licenças. Em abril, a empresa dá início ao modelo de software como serviço no país. Em vez de adquirir uma licença de uso, o cliente paga uma taxa, como se fosse um aluguel. Os programas também não ficam instalados nos equipamentos do cliente - em vez disso, eles rodam via internet, a partir do centro de dados da SAS instalado nos Estados Unidos. Sob esse modelo, a SAS espera atrair empresas menores, para as quais o custo tem um peso ainda maior na decisão de compra de tecnologia, e estimular grandes companhias a empregar o software em projetos de alcance mais restrito, mas que podem ser ampliados em uma fase posterior.