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Saxo Bank planeja abrir escritório em São Paulo

Valor Econômico – 20/08/2008

O banco dinamarquês Saxo Bank, um dos líderes no serviço de investimentos on-line, prepara sua entrada no mercado brasileiro. A instituição planeja montar um escritório em São Paulo para centralizar as operações da América Latina e já conversa com gestores de fundos e com outros bancos para estabelecer parcerias e oferecer seus produtos. O foco é atender a demanda dos aplicadores locais por investimentos globais, mas o caminho contrário também atrai o banco, ou seja, oferecer investimentos no Brasil para os clientes já existentes em mais de 170 países. A expectativa é que os primeiros negócios sejam fechados ainda este ano, conta Luis Simões Pereira, diretor para América Latina e Península Ibérica."Com o crescente interesse dos investidores estrangeiros pelo mercado brasileiro, com a sigla dos Bric, voltamos nossas atenções para o Brasil, olhando tanto o que poderíamos oferecer aos nossos clientes já existentes como, por outro lado, o que poderíamos oferecer às instituições brasileiras dos nossos produtos." Criado como uma corretora de valores, em 1992, a instituição apostou no desenvolvimento de uma plataforma eletrônica, espécie de home broker, que pudesse unificar o acesso aos grandes mercados globais de câmbio, ações e futuros. Essas operações geraram acordos com mais de 100 bancos, entre eles o Citibank, para o desenvolvimento de serviços eletrônicos de negociação com a marca dos parceiros. Já presente em países como Colômbia, Panamá e Chile, durante muito tempo o foco dos negócios ficou em regiões onde as regulamentações fossem mais fáceis para o desenvolvimento dos produtos do banco. "Agora, procuramos cidades para centralizar as operações de cada região, como fazemos com Cingapura, na Ásia. Uma das cidades que estamos pensando em montar um escritório é São Paulo, apesar de não ter iniciado os contatos com as autoridades competentes." O Saxo Bank estuda ainda integrar em sua plataforma os mercados da BM&F Bovespa, para que investidores estrangeiros tenham acesso às bolsas brasileiras por meio do banco. O mercado de ações e a quantidade de empresas com papéis negociados cresceram muito, avalia Pereira, aumentando o interesse dos investidores.