27/08/08 13h48

Schincariol aposta em franquias com a marca Devassa e Eisenbahn

Gazeta Mercantil – 27/08/2008

Depois de adquirir a cervejaria carioca Devassa, em 2007, o Grupo Schincariol resolveu ampliar o negócio investindo no modelo de franquias dos bares que consagraram a marca. Os planos prevêem a expansão dos 10 estabelecimentos existentes hoje, sendo nove no Rio de Janeiro e um em São Paulo, para 22 até o final deste ano. Das 12 novas, seis já estão sendo inauguradas nos próximos meses em parceria com o Grupo de Soluções em Alimentação (GRSA), que colocará em funcionamento até outubro as franquias das cervejarias com as marcas Eisenbahn e Devassa no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP). Para administrar o novo negócio - que está incluído no investimento total do Grupo Schincariol para o ano previsto em R$ 1 bilhão (US$ 637 milhões) - foi criada a empresa Sonar Serviços e Franquias. Apesar da Lei Seca, que só em São Paulo já reduziu em 40% o movimento de bares e restaurantes, segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a companhia decidiu por em prática o projeto. O otimismo é tanto que a empresa planeja chegar a 100 lojas até 2012. Isso porque, segundo ele, o segmento de cervejas especiais é um dos que mais cresce hoje no Brasil, já representando quase 5% do mercado. Porém, com a nova lei, a venda destas cervejas por outros canais, como supermercados e lojas especializadas cresceu cerca de 150%, segundo informou o gerente do segmento de cervejas especiais do grupo, Juliano Mendes. "O que estamos notando é que o brasileiro não está deixando de beber, ele está bebendo ou perto ou dentro de casa", explica o executivo. De acordo com o diretor jurídico da Abrasel, Percival Maricato, bares que se enquadram na categoria de turísticos, foram os que mais perderam público com a nova lei. "Nossa única esperança para evitar uma quebradeira no setor é o julgamento da Adin (Ação Declaratória de Inconstitucionalidade, impetrada pela Abrasel no Supremo Tribunal Federal contra a Lei Seca e que está para ser julgada)", diz. No projeto da Schincariol, algumas lojas serão próprias e custarão cerca de R$ 1,5 milhão (US$ 955,4 mil). Mas quem se interessar pela franquia terá de pagar, como investimento inicial, R$ 700 mil (US$ 446 mil), fora o ponto, mais R$ 75 mil (US$ 47,8 mil) de taxa de franquia, 5% de royalties em cima do faturamento bruto, 1% do faturamento bruto mensal a título de fundo de propaganda e marketing. O retorno estimado é de 30 meses, segundo o diretor de franquias Francisco Duarte. Há a opção de lancherias com investimento menores, em torno de R$ 400 mil (US$ 254,8 mil).