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Serra negocia financiamento com BID e Bird

Folha de S. Paulo - 09/01/2009

O governador de São Paulo, José Serra, se reuniu nesta semana com os presidentes do Bird (Banco Mundial), Robert Zoellick, e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Luís Alberto Moreno, em Washington, para discutir linhas de financiamento para a expansão do sistema metroferroviário. O valor dos empréstimos soma R$ 2 bilhões (US$ 869.6 milhões). Acompanhado do secretário de Economia e Planejamento do Estado, Francisco Vidal Luna, Serra avaliou modalidades de empréstimos para a construção de 12 quilômetros da Linha 5 do Metrô. A obra, considerada prioritária para o governo de São Paulo, permitirá a integração da Linha 5 ao sistema do Metrô. De acordo com Serra, os bancos foram receptivos ao projeto. "São projetos sempre elogiados pelo impacto na economia regional e nacional, sendo ainda mais importantes no atual contexto marcado pela necessidade de medidas de estímulo à atividade econômica e à geração de empregos", disse o governador. A negociação para o financiamento do projeto começou com o BID, mas o governo de São Paulo passou a buscar também linhas do Banco Mundial para aumentar a probabilidade de aprovação dos recursos. "Com isso, crescem as chances de aprovação, pois a capacidade de empréstimo das duas instituições isoladamente encolheu diante da crise", afirma Serra. O governador também discutiu com o BID o projeto Serra do Mar, que prevê a remoção de cerca de 10 mil famílias residentes na região das reservas de mata atlântica de Cubatão. Com orçamento total de US$ 470 milhões, o governo paulista já negocia há um ano uma linha de financiamento de US$ 196 milhões com o BID. Hoje, o governo Serra tem quatro projetos em execução com o Banco Mundial, que somam US$ 650 milhões. Outros sete estão em discussão com o órgão, com valor total superior a US$ 1 bilhão. A maioria deles são projetos do Metrô, da CPTM e de estradas estaduais. Com o BID, o governo paulista soma oito projetos em execução, com desembolsos de até US$ 370 milhões. O maior deles é o de despoluição da bacia do Tietê, de US$ 250 milhões.