08/07/16 14h43

Setor aéreo concentra 77% das exportações de S. José

O Vale

Quarta maior exportadora do país, São José dos Campos concentra 77,29% de suas vendas ao exterior na indústria aeroespacial, principalmente em aviões.

Não à toa, a Embraer ocupa a quinta colocação entre as empresas no Brasil que mais exportam. A fabricante perde apenas para Vale, Petrobras, Bunge e Cargill.

São José fechou o primeiro semestre deste ano com um total de R$ 7,1 bilhões em exportações, o que representa 55,58% de participação no total da região, que foi de R$ 12,8 bilhões.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, a cidade aumentou 13,49% o valor das vendas ao exterior, um montante de R$ 848,9 milhões.

Entre janeiro e junho de 2015, São José vendeu R$ 6,2 bilhões no exterior, o que representou 51,97% do total da região, de R$ 12,1 bilhões.

O resultado da cidade deve-se especialmente às vendas da Embraer, que registrava no primeiro trimestre deste ano uma carteira de pedidos firmes de US$ 21,9 bilhões, o que dá cerca de R$ 70 bilhões, equivalente a 492 aeronaves.

"Os números reforçam a importância, para a economia de São José e do país, da indústria aeroespacial, responsável por quase 80% do total exportado pelo município", disse Osman Cordeiro, secretário de Desenvolvimento Econômico de São José dos Campos.

"No entanto, é importante frisar também o forte aumento das exportações de veículos", completou.

O segmento de veículos aumentou a participação no total de exportações de São José de 3,47% no primeiro semestre de 2015 para 6,38% neste ano, fechando com R$ 455,7 milhões.

Na região, o setor representou 11,94% do total de exportações, com R$ 1,5 bilhão, o que o colocou na terceira colocação do ranking de produtos mais vendidos ao exterior.

Óleo bruto ficou em segundo lugar, com R$ 2,064 bilhões, que foi toda a exportação de Ilhabela no primeiro semestre. O valor significou 16,07% do total vendido ao exterior pelas cidades da região.

Na quarta colocação, aparece pasta química de madeira, com R$ 618,5 milhões, o que representou 4,81% das vendas da região no estrangeiro.

Na avaliação do economista Fernando Lacerda, a participação majoritária da indústria aeroespacial irá continuar nas exportações da RMVale, em razão da vocação das empresas da região, mas tem que ser acompanhada de diversidad e. "Em situações de crise, diversificar faz toda diferença".