26/05/08 09h05

Setor alimentício aumenta vendas da Westfalia no país

Valor Econômico - 26/05/2008

A Westfalia Separator, uma das cinco companhias que a gigante alemã GEA mantém no Brasil, anda fazendo contas. Grande fabricante de projetos de engenharia que tem nas centrífugas o seu eixo central, a empresa tem observado de perto o desempenho da indústria de alimentos e o comportamento do recém-criado mercado de biocombustíveis no Brasil. E a observação tem valido a pena. No ano passado, a indústria de alimentos superou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país e incrementou seu faturamento em 10,6%, alcançando os R$ 230,6 bilhões (US$ 139,8 bilhões). Segundo a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), o crescimento é fruto do aumento do crédito no país e também da melhora da renda média anual da população. E como esse setor é um cliente em potencial, a Westfalia já entregou à matriz sua projeção de vendas e também o pedido para fazer alguns investimentos na sua fábrica instalada em Campinas (SP). Ivor Fazzioni, diretor da Westfalia Separator no país, conta que entre 2008 e 2011 pretende elevar o faturamento da empresa por aqui em pelo menos 5%. E a projeção tem como base as vendas da filial no ano passado, que foram de 30 milhões de euros. "Nossa unidade no país não realiza exportação. Então, nosso crescimento depende do desenvolvimento do mercado interno, sendo que temos sentido o bom momento da indústria de laticínios, óleos vegetais e sucro-alcooleira", conta o executivo. É justamente o setor de álcool e açúcar que poderá motivar investimentos em Campinas. A empresa estuda alocar US$ 1 milhão para tornar sua operação capaz de produzir centrífugas de maior porte, que têm como grande cliente este setor da economia. Além de pleitear essa autorização junto à matriz, o diretor da Westfalia no Brasil conta que já conversou com a GEA para tornar a fábrica de Campinas fornecedora mundial de centrífugas para outras filiais da multinacional alemã. Por enquanto, é só conversa, mas o executivo sabe que se o sim vier, a operação no Brasil terá um aumento substancial de vendas, o que demandaria uma forte onda de investimentos na fábrica paulista. Mesmo porque as exportações teriam como destinos os promissores mercados de China e Índia.