08/11/10 15h33

Setor de imóveis em SP prevê nova disparada

DCI

Apesar de faltarem menos de dois meses para o fim do ano, o mercado imobiliário residencial da cidade de São Paulo, que viu variações nas vendas durante o ano de 2010, projeta uma retomada forte e crescimento nestes últimos dias do ano, além de apostar em bons resultados também para 2011. Uma das expectativas do setor no Estado de São Paulo é que o novo governo da presidente eleita, Dilma Rousseff, reforce os investimentos feitos no programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida" - iniciado no governo de Lula e centrado na construção de moradias populares para diminuir o déficit habitacional do Brasil.

Entre cidades do interior paulista que apostam na expansão do programa do governo federal, está Jacareí, localizada a 80 quilômetros da capital paulista e que ganhou um reforço de R$ 33 milhões (US$ 19,4 milhões) em investimentos para a construção de mais 535 unidades do programa "Minha Casa, Minha Vida", sendo os imóveis destinados a famílias com faixa de renda de zero a 3 salários mínimos. Com isso, a cidade reúne 1.836 unidades habitacionais feitas pelo programa, com um investimento total de R$ 112 milhões (US$ 65,9 milhões).

Para as empresas do setor, o programa está contribuindo para a expansão dos negócios. Um exemplo é a Direcional Engenharia, que atua na cidade de Campinas e que divulgou recentemente um aumento de 51,3% do lucro líquido do terceiro trimestre, ante igual período de 2009 e que chegou a R$ 43,9 milhões (US$ 25,8 milhões). Nos meses de julho a setembro, 98,7% das unidades lançadas pela empresa em todo o País eram destinadas ao programa habitacional feito pelo governo federal.

O programa habitacional do governo federal deve manter o mercado imobiliário aquecido ainda por muitos anos. De acordo com Fábio Romano, diretor de Incorporações da Yuny Incorporadora, a expectativa é que o programa ainda dure muito tempo. "O déficit habitacional no Brasil é muito grande. O 'Minha Casa, Minha Vida' foi feito para durar muitos anos. É uma medida que vai sempre perdurar, já que existe muita demanda para a construção de residências no País", explica o executivo.