25/11/09 11h19

Sírio-Libanês amplia negócio de hospital-dia

Valor Econômico

O Hospital Sírio-Libanês, um dos maiores da capital paulista, vai investir R$ 35 milhões (US$ 20,3 milhões) para equipar uma unidade de diagnósticos e cirurgias que não exigem a internação do paciente no Itaim-Bibi, na zona sul da cidade. Esse tipo de atendimento, que não exige que o paciente durma no hospital, já responde por cerca de 30% das cirurgias feitas no Sírio."Temos uma demanda crescente por esse tipo de atendimento", diz o superintendente de estratégia corporativa do Sírio, Paulo Chapchap. O investimento será feito com verba própria e financiamento bancário, ainda em negociação. E não está incluído no plano de expansão do Sírio, orçado em R$ 600 milhões (US$ 348,8 milhões).

Batizado de hospital-dia, esse modelo atrai o interesse das empresas do setor de saúde. O Hospital Albert Eisntein possui 20 salas cirúrgicas destinadas a esse tipo de serviço na zona sul da cidade, no bairro do Morumbi. O Fleury, rede de laboratórios de medicina diagnóstica, possui uma unidade de hospital-dia em Higienópolis, na zona oeste da capital paulista, com 24 leitos. A unidade no Itaim-Bibi aumenta o número de leitos do Sírio para cirurgias menos complexas de 13 para 23. "É a primeira vez que vamos sair da nossa região", diz Chapchap, referindo-se ao complexo hospitalar do Sírio, com 323 quartos, instalado no bairro da Bela Vista, vizinho ao centro da cidade. O Sírio terá 8 andares num prédio de 17 erguido pela Inpar, que está intermediando a negociação dos contratos de cessão de uso, um tipo de aluguel, por 10 anos.

Os demais oito andares são destinados a consultórios e clínicas e o último andar abriga uma área comum, um "lounge" para os médicos. Segundo o presidente da Inpar, Álvaro Simões, o preço do metro quadrado é de R$ 90 (US$ 52) e, até a semana passada, já haviam sido negociados mais três andares.

A Inpar investiu R$ 60 milhões (US$ 34,9 milhões) no edifício, o primeiro feito por ela especialmente para o setor de saúde. O investimento já foi recuperado, diz Simões, que vendeu o prédio há um ano a um investidor institucional, cujo nome ele não revelou. Simões pretende construir mais prédios do modelo hospital-dia e já pesquisa novas áreas. Chapchap, do Sírio, por sua vez, busca regiões para ampliar o negócio de diagnóstico por imagem, que cresce a um ritmo de 25% ao ano.