23/10/08 16h13

SKF tem receita 20% maior no Brasil

Gazeta Mercantil - 23/10/2008

No fechamento do terceiro trimestre, a subsidiária brasileira da produtora de rolamentos SKF registrou um de seus melhores anos. A receita chegou a R$ 450 milhões (US$ 204,5 milhões) nos nove meses encerrados em setembro, alta de 20% sobre o mesmo período de 2007. O impulso veio principalmente da alta de 60% nas exportações, resultado de contratos de longo prazo desenvolvidos desde 2004. Naquele ano, as vendas para fora representavam 5% do faturamento, agora chegam a 30%. A empresa já começava a cogitar uma redução nas exportações para suprir o aumento da demanda da indústria automotiva no mercado interno. A SKF ativou quatro turnos em sua fábrica, incluiu horas extras e estava também importando produtos para complementar o fornecimento. O tempo de entrega de uma peça chegou aos 30 meses, ante prazo tradicional de 18. Com a turbulência financeira iniciada há um mês, o cenário já começa a mudar. Apesar do dólar mais alto, que facilitaria as exportações, a SFK tem ouvido de seus clientes internacionais, concentrados nos Estados Unidos e Europa, projeções de reduzir as encomendas entre 10% e 20%. Com isso, espera um crescimento menor nas exportações no último trimestre, por volta dos 40%. "A fábrica não está trabalhando no mesmo ritmo. Mantivemos os quatro turnos, mas reduzimos as horas extras à metade", disse o presidente da SKF, Donizete Santos. Também as importações estão sendo repensadas, não só por terem encarecido com o dólar, mas para aproveitar a folga conseguida na fábrica. "No mercado interno, deve também haver uma redução nas encomendas, mas não na casa dos dois dígitos, como se indica fora. Isso deve absorver a nossa produção", complementou o executivo. Em sua previsão, o tempo de entrega deve voltar aos 18 meses no próximo ano. No caso de Estados Unidos e Europa, com procura menor, pode chegar até a 6 meses.