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Solventes e energia ganham espaço nos negócios da Rhodia

Gazeta Mercantil - 11/09/2008

Às vésperas de comemorar 90 anos de Brasil, em 2009, a multinacional francesa Rhodia tem muitos motivos para comemorar. Desde a chegada, o País tem se revelado um bom investimento, tanto que hoje a subsidiária local já está no seleto grupo do faturamento superior a 7 dígitos: US$ 1,2 bilhão, o que representa 90% do movimento da América Latina ou 17% da receita da companhia no mundo. Esse volume é um diferencial no setor químico, pois na região poucas empresas alcançam tanto peso nas operações globais. Hoje, o negócio de solventes provenientes de etanol é tão importante para a empresa, que Paulínia já abriga uma fábrica de escala mundial, para atender um segmento que cresceu 13 vezes em 10 anos. Graças a isso, nos últimos três anos, o centro dobrou sua capacidade, com investimentos de US$ 60 milhões, passando a produzir 300 mil toneladas de solventes oxigenados (derivado de etanol e acetona). Isso colocou a companhia em segundo lugar no mercado europeu e elevou o Brasil ao comando do negócio solventes para o mundo inteiro. Da produção de solventes, 45% é exportada para mais de 60 países, sendo o segundo maior fornecedor para Europa, região que a partir de janeiro adotará regras muito rígidas para comercialização de substâncias químicas e derivados. "As regras são muito rígidas, mas já sabemos que sem ser sustentável, em químicos ou em qualquer outro negócio, não haverá futuro", afirma o presidente da Rhodia, MarcosDe Marchi. Mas não é só na área de solventes que a Rhodia acertou a mão. Plásticos de Engenharia crescem a uma taxa de 10% ao ano, segundo o presidente De Marchi. O náilon já responde por 10% do faturamento. Energia é outro grande foco da Rhodia no mundo inteiro e surgiu mais por conta das necessidades especiais das fábricas da empresa. Uma das maiores consumidoras de gás e energia elétrica, a companhia começou a gerenciar melhor seus recursos globalmente. Hoje, cerca de um quinto dos créditos de carbono são gerados pela Rhodia, de acordo com Elder Martini, vice-presidente da companhia para a América Latina na área de compras e logística em energia. No Brasil, a Rhodia só tem cogeração nos próprios sites. "Mas estamos atentos às oportunidades de investimentos, especialmente com esta falta de disponibilidade de energia para o futuro", afirma o executivo.