27/05/08 15h12

Sony Ericsson duplica vendas em segmento já expandido

Gazeta Mercantil - 27/05/2008

A joint venture nipo-sueca Sony Ericsson tem visto sua atuação no País crescer. As perspectivas para o fechamento deste ano são de mais que dobrar suas vendas de telefones celulares, saltando de 5 milhões em 2007 para 12 milhões até dezembro. Desse total, 10 milhões deverão ser consumidos pelo mercado interno e 2 milhões embarcados daqui para outros países da América Latina. Tamanha expansão decorre da combinação de um crescimento orgânico do mercado brasileiro de telefonia celular e do avanço da marca em cima da fatia das demais, afirma o presidente da Sony Ericsson do Brasil, Silvio Stagni. Segundo estatísticas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o universo de usuários de celular assistiu à incorporação de 6,8 milhões de novos clientes de janeiro a abril deste ano. Nesses mesmos quatro meses do ano passado, o crescimento foi acelerado e mesmo assim não passou da metade disso, registrando 3 milhões de novos clientes. Segundo Stagni, um crescimento significativo de novos usuários vem se somar à reposição de aparelhos a clientes antigos cada vez maior, atingindo, ao fim do ano, um mercado potencial de 50 milhões de telefones. Desses, um quinto - 10 milhões - levará a marca Sony Ericsson, prevê o presidente da marca que tem 25 modelos no País. Uma parte deles é desenvolvida completamente pela Sony Ericsson e outra tem o projeto e o design terceirizados, recebendo no fim do processo uma característica da empresa, que este ano poderá ser a cor roxa. A formação da joint venture ocorreu em 2001 e em 2002 a empresa começou vendendo no País cerca de 200 mil telefones celulares. Em 2003 e 2004 o número oscilou entre 200 mil e 500 mil, quando a produção passou a ser nacional. A Sony Ericsson contratou as fábricas terceirizadoras Flextronics e Foxcom, em Sorocaba e Indaiatuba, respectivamente. Em 2005, foi a primeira vez que a produção duplicou para 1,1 milhão de celulares e o crescimento decorreu da chegada da linha de música. Em 2006, novo salto para 2 milhões e em 2007, mais que dobrou para 5 milhões. Desta vez a expansão foi ocasionada por um grande salto de investimento em marketing, afirmou Stagni. A perspectiva para este ano é atingir 10 milhões no mercado interno, afirmou o executivo, sem contar os 2 milhões a serem embarcados a países da América Latina até dezembro. Nesse período houve dois aportes de recursos da matriz, em 2001 e 2003. "Desde então reinvestimos o que geramos", concluiu Stagni.