Speedo atinge 5% da produção com tecido reciclável e biodegradável de olho no consumidor engajado
Meta da marca é chegar próximo a 20% até 2027
Mercado e ConsumoCom um consumidor cada vez mais engajado com a agenda ESG, a indústria de moda tem passado a usar a sustentabilidade não só como obrigação de quem se importa com o futuro da sociedade, mas também como uma forma de conexão com o próprio cliente. Seguindo esta linha, a Speedo Multisport acaba de anunciar que atingiu 5% de sua produção com tecido reciclável e biodegradável.
“Estamos lidando com um consumidor que valoriza muito mais do que a estética. Ele quer entender como aquela peça foi feita, de onde veio o material e para onde vai depois do uso”, afirma Roberto Jalonetsky, CEO da Speedo Multisport.
A marca tem reforçado seu compromisso com a agenda ESG por meio de iniciativas como a linha Green n’ Blue, que introduziu peças esportivas feitas com tecido biodegradável, capazes de se decompor em até três anos após o descarte correto. Agora, com a nova coleção de inverno Cosmic Explorer, a Speedo tenta dar mais um passo em direção à moda inteligente, ao aliar design futurista, alta performance e processos mais eficientes.
Se atualmente 5% da coleção da marca já é composta por materiais reciclados ou biodegradáveis, a meta é ultrapassar 18% até 2027, consolidando um avanço gradual, mas contínuo, na redução do impacto ambiental da produção. “Estamos trabalhando para fazer dessa meta uma realidade. Nosso objetivo é crescer com responsabilidade, sem abrir mão da performance que sempre foi nosso diferencial”, reforça Jalonetsky.
No Brasil, até 90% dos têxteis descartados não são reaproveitados, o que evidencia o desafio estrutural da cadeia produtiva e de consumo. Diante desse cenário, cresce a pressão para que empresas adotem modelos mais sustentáveis e revejam seus processos de ponta a ponta, da escolha da matéria-prima até o destino final das peças.
A resposta da indústria tem se traduzido em novas abordagens de produção. Além de atender a um consumidor mais consciente, essas soluções se tornaram estratégicas para garantir competitividade em um mercado que começa a valorizar práticas com menor impacto.