02/11/10 07h59

Teles terão de investir US$ 147,1 bi até a Copa

Folha de São Paulo

Quando o pontapé inicial do jogo de abertura da Copa for dado, em 2014, as operadoras precisarão ter investido R$ 250 bilhões (US$ 147,1 bilhões) em suas redes para atender ao aumento de pessoas conectadas às suas redes, principalmente a 3G (terceira geração). Isso significa mais que dobrar os investimentos feitos nos últimos cinco anos, prevendo que as estimativas de novos consumidores sejam antecipadas em quatro anos.

Analistas consideram que, mantido o ritmo atual -de R$ 20 bilhões (US$ 11,8 bilhões) em investimentos por ano pelo setor-, haverá problemas nas 12 cidades-sede da Copa devido ao aumento de tráfego, principalmente na web via celular. Se a Copa começasse hoje, o serviço de internet já não suportaria a demanda. É o que mostrou uma pesquisa feita pela chinesa Huawei, que vende equipamentos para turbinar a capacidade das redes das operadoras.

Realizada entre setembro e este mês, a pesquisa testou a velocidade, a cobertura do 3G e a qualidade de streaming de vídeo (quando se assiste a um programa transmitido via internet sem armazená-lo) nas redes da Vivo, da Claro, da TIM e da Oi. A velocidade média para quem fez um download foi de 567 Kbps (kilobits por segundo). Para postar um vídeo, ela foi de 249 Kbps, e, para assistir a uma partida transmitida pela internet, houve problemas de qualidade de imagem, classificada como regular em 9 das 12 cidades. "Considerando que essa rede foi construída em dois anos, os resultados são positivos", afirma Marcelo Motta, diretor de marketing e soluções da Huawei. "Mas na Copa o aumento de tráfego vai pressioná-los para baixo."

Segundo Motta, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Cuiabá sempre estiveram acima da média nos indicadores avaliados. Salvador, Recife, Natal e Belo Horizonte foram sempre piores que a média. O Rio de Janeiro, que será sede da Olimpíada de 2016, apareceu na quinta posição.