21/07/15 14h58

Terminais de contêineres investem em tecnologia própria

Empresas buscam inovações para aumentar produtividade e eficiência

A Tribuna

A busca por produtividade para atingir elevados índices de eficiência está diretamente relacionada aos investimentos em tecnologia? No Porto de Santos, a resposta para essa pergunta ultrapassa o senso comum: o avanço nas inovações proporciona resultados positivos e deve-se aos próprios profissionais do setor.

Na corrida pela eficiência, os índices de produtividade não são as únicas metas. A redução de custos, a solução de problemas e a otimização de recursos são os elementos que motivam as equipes de tecnologia da informação a criarem ferramentas próprias que beneficiem não só a empresa, como os clientes.

Apesar de enriquecerem todo o setor, os avanços na área de Tecnologia da Informação (TI) tornam-se evidentes entre os terminais de contêineres, cujo mercado se acirrou com a chegada de dois novos terminais no cais santista. A estratégia é sanar demandas pelo know how e pela expertise dos colaboradores, sem a necessidade ajuda externa.

Inovações

A Santos Brasil, Operadora do Terminal de Contêineres (Tecon) criou um sistema capaz de "ler" o cofre que está sendo embarcado dos navios. A ferramenta serve para auxiliar no trabalho de colocação das caixas metálicas a bordo ou, então, no posicionamento delas no pátio. Antes, o trabalho era realizado por fiscais.

Antes de completar dois anos de operação no terminal, a equipe de tecnologia e manutenção da Embraport desenvolveu um novo sistema de reconhecimento digital de cargas soltas. A demanda surgiu depois de constatar a demora para fazer a conferência de cargas desembaraças

Já na Brasil terminal Portuário (BTP), a equipe de TI, em conjunto com o setor operacional, identificou que o processo de liberação de contêineres escaneados poderia ser mais eficiente. O pessoal da BTP, desenvolveu, então, um software que auxilia na organização e planejamento de pátio para cofres que precisam precisam ser escaneadas ou já passaram pelo escâner.

Na Libra, ao custo de 5% do valor cobrado por empresas no mercado, a equipe do terminal conseguiu desenvolver um intercomunicador para os transtêineres (guindastes que transportam a carga no pátio). O equipamento auxilia na comunicação do operador do equipamento e do motorista do caminhão, para o carregamento e descarregamento da carga.

A equipe de tecnologia da Marimex conseguiu montar o pátio do terminal em formato de 3 dimensões. Isto é, em tempo real, operadores em uma sala de controle, conseguem acompanhar o movimento de contêineres na instalação, assim como o despacho das caixas metálicas para outras áreas da empresa ou para serem embarcadas.