Tishman Speyer planeja novo investimento no país

Valor Econômico - 30/05/2008

A Tishman Speyer, uma das maiores incorporadoras norte-americanas e presente no Brasil há 13 anos, se prepara para uma nova rodada de investimentos no país. Depois de finalizar em tempo recorde os investimentos de US$ 600 milhões captados em seu primeiro fundo específico para o Brasil, a companhia pretende alocar outros US$ 350 milhões em imóveis comerciais e industriais no país este ano. Este ano a empresa inicia os investimentos em imóveis voltados para o setor logístico. Daniel Citron, presidente da Tishman no Brasil, afirma que ainda não sabe se os novos investimentos serão feitos por meio de um novo fundo específico para o país, se virão do caixa da própria empresa ou de investidores individuais. "Ainda não está claro, mas a certeza é de que os investimentos serão agressivos neste e no próximo ano", afirma Citron. Os US$ 600 milhões captados durante o ano passado foram investidos em oito empreendimentos em quatro cidades brasileiras. Três deles foram edifícios residenciais voltados para classe média alta paulistana. Os outros cinco empreendimentos são voltados para o mercado corporativo. Dois deles serão lançados em São Paulo e os outros estarão espalhados por Barueri (Grande São Paulo), Rio e Brasília, onde a Tishman estréia como incorporadora. A maior parte de quem aplicou no Brasil por meio da Tishman veio do Oriente Médio e da Ásia. Cerca de 40% dos recursos vieram de países desses continentes. Em seguida vieram os Europeus, que aplicaram algo próximo a 35%. E o restante foi investido por norte-americanos. Depois de passar os últimos 13 anos atuando basicamente no segmento de imóveis corporativos e, mais recentemente, nos residenciais, a Tishman Speyer quer agora ampliar o escopo de sua participação no mercado brasileiro. Dos US$ 350 milhões que pretende investir no Brasil ainda este ano, a companhia já decidiu que no mínimo 20% deste valor deve ser aplicado em projetos de logística. A idéia da empresa é embarcar na nova onda entre incorporadores e investidores imobiliários: os condomínios logísticos.