27/08/08 13h48

Todos de olho grande no mercado brasileiro

Gazeta Mercantil – 27/08/2008

A grande expansão de vendas do mercado brasileiro, a partir de 2004, está viabilizando segmentos anteriormente com pouca oferta de modelos. Um deles é o de utilitários esporte médios que cresceu quase 100% nos primeiros sete meses do ano, em relação a 2007. No ano atingirá cerca de 20.000 unidades, menos de 1% do mercado de veículos de passageiros, porém a lucratividade atrai novos protagonistas. Produtos mexicanos serão cada vez mais atraentes no Brasil, pois o acordo comercial elimina o imposto de importação. Aqui a Ford foi a primeira a se beneficiar, com o Fusion. E a GM traz agora o utilitário esporte Chevrolet Captiva. Insere no segmento um preço atraente - entre R$ 93 mil (US$ 59,2 mil) (4x2) e R$ 100 mil (US$ 63,7 mil) (4x4 por demanda) -, ao se considerar seu motor V6 de alumínio de 261 cv, o mais barato do mercado. E há ainda um 4-cilindros/2,4L/170 cv, que também poderia ser oferecido em 2009. O outro extremo do mercado também terá novidades. Carlos Ghosn, presidente da aliança Renault-Nissan, em viagem ao Brasil admitiu pela primeira vez que poderá lançar aqui um modelo de menos de US$ 10 mil (R$ 16 mil, sem impostos), baseado no que está sendo desenvolvido com o fabricante indiano Bajaj. "Não igual, porque a legislação e o estágio de exigência dos compradores são diferentes. Todos têm o desejo em comum de adquirir um automóvel novo. Hoje, inclusive, o carro nacional mais barato, embora antigo, já custa R$ 16 mil sem impostos", analisou. Como todos os fabricantes mundiais estão de olho grande no crescimento do nosso mercado, a Nissan fabricará seu primeiro automóvel brasileiro, o monovolume Livina, de 5 e 7 lugares, sobre a arquitetura dos compactos anabolizados Logan/Sandero. Para confirmar a regra, a Suzuki volta ao Brasil depois de cinco anos, inicialmente como importadora. Não seria surpresa se também produzisse.