01/03/10 10h46

Totvs sai em busca de oportunidades combinadas

Valor Econômico

Depois de liderar o movimento de fusões e aquisições de empresas de TI no Brasil e ampliar sua atuação para além dos sistemas de gestão empresarial, a Totvs está concentrando-se agora na busca mais intensa de ofertas que possam combinar todos os seus produtos dentro de seus clientes. "Se temos uma empresa que usa o sistema de recursos humanos, podemos mapear que ele tem outras necessidades e fazer novas ofertas não só na área em software, mas também em consultoria, serviços etc.", diz Rodrigo Caserta, executivo que acaba de assumir a função de vice-presidente de estratégia de mercado da Totvs. Até o ano passado o cargo era acumulado pelo presidente da empresa, Laércio Cosentino.

Sob o comando de Caserta - que chegou na empresa há três anos -, estão sete diretores, responsáveis pelos negócios em suas 11 áreas de atuação (saúde, agroindústria, jurídico, serviços financeiros, distribuição e logística, varejo, educação, construção e projetos, manufatura, pequenos negócios e serviços). "São profissionais referência em suas áreas, que estão afastados do dia a dia da empresa e podem também pensar no horizonte de um a dois anos à frente vendo as carências e demandas dos clientes", diz.

A ideia, segundo Caserta, é mostrar para o mercado que as ofertas da Totvs são desenvolvidas especificamente para as necessidades de cada segmento. "Queremos desenvolver o conceito de identidade com o cliente", diz o executivo. Com esta relação mais próxima, a Totvs tenta, de certa forma, blindar seu mercado do assédio de companhias como Oracle e SAP, que nos últimos anos vêm tentando conquistar espaço entre as empresas de pequeno e médio porte, os principais clientes da Totvs.

A estratégia das grandes companhias, no entanto, esbarra na falta de familiaridade que elas têm com as empresas de menor porte. "É mais difícil descer na escala do que subir. Principalmente na questão do preço", diz Caserta. De acordo com o executivo, a Totvs ainda quer crescer muito no mercado de médias empresas. "As grandes são oportunidade mas não vamos bater de frente com SAP e Oracle", afirma.