12/03/14 15h17

Toyota aposta em Corolla para retomar a liderança

Depois de ser ultrapassada pela Honda, em 2013, japonesa amplia eficiência energética do modelo. Preço foi reajustado em 2%

Brasil Econômico

Ausências à parte, como as tecnologias de controle eletrônico de estabilidade e start-stop, que já ganham escala nos carros de nível superior, a 11ª geração do Corolla chega ao Brasil para tentar reaver a liderança dos carros de entrada do segmento premium. Apresentado ontem em Campinas (SP), o sedã médio, que há uma década entrou para o Guinness como carro mais vendido do mundo com25 milhões de unidades (hoje já são 40 milhões), é a resposta da Toyota para desbancar o Civic, da Honda, que em 2013 tomou a hegemonia de quatro anos de liderança do concorrente e superou os emplacamentos da versão anterior do Corolla em mais de mil unidades (60,9 mil contra 54,1 mil).

O preço de entrada do veículo, cujo modelo 2015 custará a partir de R$ 66,5 mil (a versão “velha” está tabelada em66 mil), foi praticamente mantido. Para o modelo mais completo, a fatura chega a R$93mil. Segundo Frank Gundlach, diretor de pós-venda da Toyota no Brasil, o reajuste médio da nova linha foi de2%.

As modificações no design do carro tem como pano de fundo a economia de combustível. Os faróis e lanternas invadem as laterais do projeto permitindo um melhor fluxo do ar. A melhoria da eficiência energética, aliás, reforçou o discurso dos japoneses, que prometem um carro ainda menos beberrão nas ruas através de uma motorização ajustada, capaz de dar respostas mais satisfatórias tanto para baixas quanto altas rotações, ainda que as duas motorizações disponíveis, embora repaginadas, sejam praticamente as mesmas da versão anterior (1.8deaté144cavalos com etanol e 2.0com154 cavalos, este com um cavalo a mais em relação ao antecessor). O diferencial nessa matemática é também o sistema de câmbio, que além da versão manual (que responde por apenas 7%das vendas), pode ser equipado como automático Multi-Drive, de 7marchas, que proporciona uma troca mais agressiva através do Sport Mode (disponível apenas no topo de linha).

“É um carro comum a frente 15 milímetros mais larga projetada para melhorar a eficiência aerodinâmicana passagem do ar, tanto por cima quanto pelas laterais e por baixo do veículo. A bitola nos eixos tambémé10milímetrosmaior, o quer e força a segurança e estabilidade”, considerou Marcelo Albino, gerente de produto da companhia no país.

Com a meta de vender mais de 60 mil unidades no Brasil em2014 (e consequentemente desbancar o Civic), sendo mais da metade dos modelos da versão intermediária XEi (2.0quejá conta com câmbio automático e sistema multimídia com TV digital), os japoneses também pretendem alavancar a fábrica de Indaiatuba, no interior paulista, como plataforma exportadora. “Por ora, o carro será vendido somente na Argentina, mas esperamos exportar o carro para outros países vizinhos. Afinal, tecnologia nós já temos”, pondera Steve St. Angelo, CEO da Toyota na América Latina e Caribe.