21/12/09 15h57

Trem de alta velocidade sairá para Olimpíadas

DCI

Não foi possível para a Copa de 2014, mas o trem de alta velocidade (TAV) poderá atender o fluxo de turistas entre os Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo durante os Jogos Olímpicos de 2016. Pelo menos é essa a intenção do governo, com a publicação na sexta-feira da modelagem para a concorrência do TAV. A minuta da licitação, com custo estimado em R$ 34 bilhões (US$ 19,8 bilhões), prevê novidades como a obrigatoriedade de uma estação na cidade de Aparecida (SP), e uma redução no preço máximo da passagem, anteriormente calculada em R$ 0,60 (US$ 0,35) por quilômetro, mas agora a R$ 0,50 (US$ 0,29). A oficialização do modelo é o passo principal para abertura das audiências públicas, onde serão apresentadas contribuições, em janeiro próximo, via internet e presencialmente nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas e Brasília. Agora, as empresas começam a se mobilizar.

"É certeza que o fim de ano será de muito trabalho em função desse edital que está sendo publicado", comentou Paulo Benites, presidente da Trends Engenharia e Infraestrutura. A empresa é coordenadora no Brasil de um grupo coreano interessado no TAV.

Benites contou que a Coreia estruturou um grupo que atende as áreas desde o projeto, à construção, operação, material rodante e suporte financeiro, ao se preparar para a disputa. "Estamos em fase da busca de parceiros brasileiros nestes setores." Não é só a Coreia que se prepara com afinco para a concorrência do TAV. Nos bastidores, especialistas contam os estrangeiros que desejam o TAV brasileiro, se organizam e correm em atrás de parceiros locais. Estão com essa disposição franceses, espanhóis, alemães, chineses e japoneses.

Na área de material rodante (trens), sinalização e equipamentos, corporações especializadas nos trens rápidos e que têm negócios no setor ferroviário do Brasil, têm planos claros em integrar a concorrência. Estão na lista a Alstom Transport, a Siemens Mobility e a Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles (CAF), que inaugura sua primeira fábrica por aqui. Outro setor que deve se movimentar em torno do projeto é o de construção pesada. Dos R$ 34 bilhões (US$ 19,8 bilhões), cerca de 70% são obras civis.