Tupy quer focar em descarbonização após conclusão da compra da MWM
Além de motores movidos por fontes de energia mais limpas, empresa quer se estabelecer nos segmentos de energia, reposição e marítimo
Automotive BusinessA Tupy prepara sua entrada em novos setores após concluir a aquisição da MWM do Brasil. O negócio envolveu R$ 855 milhões e foi iniciado em abril de 2022. Com a compra, a multinacional brasileira quer ampliar seu processo de descarbonização e explorar novos segmentos.
Após a conclusão da aquisição, a Tupy quer ingressar no setor de energia e descarbonização. Com o know-how da MWM, pretende atuar no fornecimento de grupos geradores de eletricidade para o agronegócio e outras aplicações com soluções mais “limpas”.
Tupy vai usar experiência da MWM para biocombustíveis
A companhia diz que seu corpo de engenheiros está preparado para adaptar geradores e veículos comerciais ao uso de biogás, biometano, biodiesel, gás natural e hidrogênio.
"O uso de biogás e biometano para geração de eletricidade e como combustível para frotas de caminhões, ônibus e tratores agrícolas é a principal rota para a descarbonização da indústria nacional e exportadora de proteínas, laticínios, açúcar e etanol", acredita José Eduardo Luzzi, CEO da MWM.
Ao mesmo tempo, a Tupy faz questão de ressaltar seus processos |sustentáveis. A empresa desenvolve materiais, geometrias e usinagem de componentes para carros de passeio híbridos - a etanol ou a gasolina - e conjuntos adequados ao uso de hidrogênio como combustível, além de soluções para reciclagem e reutilização de baterias de íon-lítio.
A companhia também reforça que quer se estabelecer no mercado de reposição e marítimo. E vê nas oficinas credenciadas da MWM um importante aliado estratégico neste sentido.
"Juntas, MWM e Tupy tornam-se uma companhia singular no mercado, que reúne em um só fornecedor serviços de fundição, usinagem, montagem, validação técnica e atividades de engenharia associadas", diz Fernando Cestari de Rizzo, CEO da Tupy.