06/10/10 11h48

Turismo médico dispara e anima hospitais

DCI

Os hospitais e clínicas de excelência que atuam no mercado brasileiro, principalmente na capital paulista, têm sentido um crescimento da procura por tratamentos de pacientes estrangeiros, modalidade de negócios que deve movimentar mais de US$ 100 bilhões no mundo este ano, segundo estimativas informais da rede hospitalar. Para especialistas, no ano passado o mercado já estava aquecido, quando a busca de pacientes estrangeiros por opções qualificadas e mais baratas representou mais de US$ 60 bilhões em gastos no mundo todo.Hoje o "turismo médico" aquece também o mercado brasileiro e atrai o interesse de empresas como a Clínica de Cirurgia Plástica e Estética da Doutora Luciana Pepino, que espera receber 20% mais de turistas estrangeiros este ano. De acordo com a proprietária da clínica que leva seu nome, 80% do público que vem ao Brasil para fazer tratamentos estéticos é feminino e, em sua maioria, de países da Europa, como Inglaterra, França, Alemanha e Portugal. "A novidade é que agora o setor de turismo médico tem-se preparado melhor para receber essa demanda de estrangeiros", comentou Luciana.Na área de tratamentos médicos, os hospitais viram esse segmento despontar e tiveram de adaptar seu espaço e seus serviços para atender ao público de fora. No Hospital do Coração (HCor) as ações adotadas parecem ter dado resultado e o empreendimento estima aumento de até 60% do fluxo de pacientes vindos do exterior este ano; em 2009 o hospital contabilizou alta de 40% neste tipo de serviço, se comparado a dados de 2008.Há mais de 10 anos nesse segmento, o Hospital Israelita Albert Einstein recebeu, no ano passado, mais de 4,5 mil pacientes estrangeiros. De acordo com o presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Claudio Luiz Lottenberg, o número de pacientes estrangeiros que fazem tratamento no Einstein apresenta um crescimento médio de 15%. "Os pacientes que vêm da América Latina e de Angola nos procuram pela excelência de atendimento, facilidade da língua e proximidade. Quanto aos pacientes vindos da América do Norte e da Europa, em sua maioria, são pessoas que fixaram residência no Brasil há menos de um ano."