09/08/12 14h00

Unidades John Deere prontas só em 2013

Brasil Econômico

Americanos terão duas fábricas em Indaiatuba (SP) com a Hitachi

A americana John Deere parte para a briga pesada no setor de máquinas para construção civil no Brasil a partir de 2013. Apesar de seus 175 anos, a companhia vai precisar iniciar o trabalho do zero em um mercado dominado por Caterpillar, Case New Holand e Volvo. Segundo o CEO mundial da empresa, Sam Allen, questões burocráticas para obtenção de financiamentos atrasaram o ingresso da companhia ao país.

Duas fábricas na cidade de Indaiatuba (SP) ficam prontas no fim de 2013, depois deum investimento de US$ 180 milhões, em parceria com a Hitachi Construction Machinery. A receita do CEO mundial da empresa para engrenar no país é simples na teoria e prevê replicar o modelo de sucesso obtido na América do Norte, onde a companhia é a segunda marca no segmento, perdendo apenas para Caterpillar. “A área de construção civil é a mais jovem da empresa, com 50 anos, e só decolamos nos últimos sete anos. Aumentamos nosso portfólio, de 70 máquinas para 118 neste período e nos sentimos preparados para avançar em busca de novos mercados”, disse Allen.

O executivo diz que a concorrência é um processo natural e não fala em pretensões de participação no mercado nacional. “Não esperamos que seja um processo fácil, mas sabemos que é um investimento de longo prazo e não podemos ficar fora do país que será sede da Copa do Mundo e das Olimpíadas”, ressalta.

Allen disse que a empresa gostaria de ter se instalado no Brasil há mais tempo, mas algumas dificuldades burocráticas, como o processo de obtenção do Finame, retardaramo processo. “Acreditamos que nosso desempenho e reconhecimento na área agrícola vão impulsionar nossa entrada na área de construção no Brasil”, disse. Atualmente o segmento de construção representa 25% do faturamento total da empresa, que no ano passado somou US$ 32 bilhões e a entrada do Brasil deve ampliar a porcentagem.

“A América Latina é responsável por 15% da receita da empresa, sendo que o mercado brasileiro responde por mais da metade desse valor apenas com os negócios no ramo agrícola.  Esses números vão crescer muito nos próximos anos”, garante o CEO.

A companhia mantém três fábricas no país, duas no Rio Grande do Sul e uma em Goiânia, além de um centro de distribuição instalado em Campinas e um escritório em Indaiatuba, inaugurado ontem. As duas unidades no interior de São Paulo vão gerar 600 empregos e somar 3.6 mil no país. ■