20/10/08 15h11

Usiminas investe para ampliar autosuficiência em energia

Gazeta Mercantil - 20/10/2008

Na busca por reduzir custos e intensificar a verticalização das operações, a Usiminas eleva a autoprodução de energia. A companhia, que já possuía 26% de geração própria na usina de Ipatinga (MG) e 15% na unidade de Cubatão (SP), deve produzir 50% de suas necessidades de energia nas duas principais operações do grupo. Ainda este mês, a usina de Cubatão, mais conhecida como Cosipa, começa a operar a turbina de topo do alto-forno 2, um projeto, realizado pela japonesa Mitsui Engineering & Shipbuilding, que consumiu investimentos de US$ 26 milhões e elevará a oferta de energia elétrica em cerca de 12 megawatts-médios (MWmédios), o que corresponde a cerca de 6% do consumo de energia da usina. Com isso, a unidade passará a contar com aproximadamente 20% de autogeração. O retorno do investimento será em até 40 meses, informou o superintendente de energia e transportes da Usiminas na unidade de Cubatão, Marcus Antônio Veris. A turbina foi instalada para aproveitar o processo de redução da pressão dos gases de alto-forno para a geração de energia. O equipamento, fornecido pela japonesa Meidensha, substitui as válvulas que normalmente são usadas para reduzir a pressão, mas que não geram qualquer outro benefício. Posteriormente os gases são usados, como já acontecia, no processo industrial, em caldeiras, forno de aquecimento de placas e outras unidades. Além dos gases gerados no alto-forno, uma siderúrgica também pode gerar energia elétrica com a utilização dos gases gerados na coqueria e na aciaria - outros processos básicos para a produção de aço em uma usina integrada. "Atualmente estamos realizando uma concorrência para a central termelétrica que vai recuperar o gás de aciaria", afirmou Veris. De acordo com ele, o projeto prevê a construção de uma térmica com capacidade para produzir 75 MW médios, o que fará a Cosipa atingir 50% de autogeração a partir de 2011, quando a usina começar a operar. "Com isso, passaremos a utilizar praticamente 100% dos gases gerados pelo processo de produção", disse.