30/05/08 11h23

Usina se moderniza e aquece mercado de máquinas usadas

Gazeta Mercantil - 30/05/2008

Em fase de forte modernização, o setor sucroalcooleiro tornou-se o principal cliente do mercado de máquinas e equipamentos usados. São desde parafusos e peças antigas de almoxarifado, até caldeiras, moendas mais antigas e tratores. Esses itens usados vão à oferta pública para serem substituídos por unidades mais modernas. Do outro lado, o do comprador, estão usinas de menor porte que também "modernizam-se" com o que já está obsoleto para o vendedor. "Entre nossos clientes, estão cachaçarias, que adquirem quase 100% dos equipamentos usados", conta Marcelo Coelho, executivo da E-Machine, empresa localizada em Ribeirão Preto e que, desde 2000, atua no ramo de usados, exclusivamente com o sucroalcooleiro. A empresa não abre o número absoluto de seus negócios, mas espera em 2008 crescer 15% em relação ao ano passado. Neste ano, a E-Machine, que intermediava esses negócios por meio de contato direto com clientes, tal como visita in loco, agregou uma outra forma de negociar: os leilões, que vão ser realizados fisicamente e via internet. Já com atuação forte em leilões virtuais, a Superbid espera este ano intermediar a compra e venda de R$ 30 milhões (US$ 18,2 milhões), entre equipamentos e máquinas agrícolas, o que significará crescimento de 36%. Somente as usinas, devem representar 75% dos negócios, segundo Paulo Scaff, diretor-superintendente da empresa. Em 2007, quando a Superbid movimentou R$ 22 milhões (US$ 11,4 milhões) nos leilões, 68% (R$ 15 milhões/US$ 7,8 milhões) foi de negócios do setor sucroalcooleiro. Entre as máquinas e equipamentos ofertados, segundo Scaff, estão itens mais antigos, de 1990, até semi-novos, de 2002 e 2004.