09/04/07 15h31

Vale do Silício brasileiro

Gazeta Mercantil - 09/04/2007

Onde uma grande empresa encontraria um amplo terreno para construir o seu mais importante centro de pesquisa de desenvolvimento de produtos? No Pólo de Alta Tecnologia de Campinas, o maior do Brasil em área bruta e também um dos gigantes no mundo em excelência. Os números confirmam tamanha grandeza: são quase 8 milhões de metros quadrados formados por dois parques, o I e o II. Juntos, eles respondem por 15% dos R$ 67 bilhões (US$ 32,7 bilhões) que é o PIB de Campinas e região em 2006. Isso representa R$ 10 bilhões (US$ 4,9 bilhões), segundo dados fornecidos por Laerte Martins, economista da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic). Constituído na década de 70, o pólo vem, ao longo dos anos, desenvolvendo sua vocação tecnológica e inovação. Ganhou o chavão de Vale do Silício brasileiro, comparado aos centros produtores de alta tecnologia dos Estados Unidos nas proximidades da Universidade de Stanford, na Califórnia. No local, estão empresas de renome e conceituados institutos de pesquisas e desenvolvimento, como: o Laboratório Nacional de Luz Síncroton (LNLS), o maior de seu gênero no Hemisfério Sul; o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), além das empresas de tecnologia. Aquelas que estão localizadas no pólo, mais as agregadas e demais localizadas em Campinas já investiram R$ 14 bilhões (US$ 6,8 bilhões) no período de 1999 a 2005, segundo a Acic. Os setores de telecomunicações e informática, química e farmacêutico responderam por 48% desses investimentos no mesmo período.