18/08/08 16h06

Varejo eletrônico prevê faturamento recorde de US$ 5,4 bi

O Estado de S. Paulo – 18/08/2008

Com apenas 13 anos de existência, o varejo eletrônico deve alcançar faturamento digno de empresas do mundo real: R$ 8,5 bilhões (US$ 5,4 bilhões), um aumento de 35% em relação a 2007. A estimativa é da empresa de informações de comércio eletrônico E-bit, ligada à Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, principal entidade multissetorial da economia digital na América Latina. O resultado histórico é fruto da mudança de hábito do consumidor, que aumentou seu gasto médio, com a queda de 12% nos preços dos produtos vendidos pela internet, gerada pela desvalorização do dólar. Amanhã o E-bit, que acompanha semestralmente o setor, divulgará o balanço da primeira metade do ano. Estudo da E-bit mostra que a média de gasto individual dos consumidores do varejo virtual foi de R$ 324 (US$ 206,4) no primeiro semestre. Em igual período de 2007 era de R$ 298 (US$ 189,8). "O aumento do gasto médio do consumidor na internet ocorre porque eles passaram a comprar produtos de maior valor, não se limitando aos CDs, livros ou DVDs", afirma o diretor-geral da E-bit, Pedro Guasti. Segundo Guasti, 11,5 milhões de consumidores compraram pelo menos um item na internet até junho. Isso representa em torno de 25% do total de internautas no País, afirma o diretor da E-bit. Com esse cenário, duas gigantes do varejo, Casas Bahia e Wal-Mart confirmam planos de criar portal de vendas ainda este ano. O bom cenário para as compras pela internet também foi sentido pela Business to World (B2W) Companhia Global de Varejo, resultante da aquisição pela Americanas.com do portal eletrônico Submarino. A Globex Utilidades S.A., da rede Ponto Frio, também está atenta ao desenvolvimento das vendas eletrônicas. No início deste mês, anunciou uma reestruturação das atividades de comércio eletrônico.