Venda de brinquedos para o Natal já aquece comércio local
Expectativa de acordo com a ACE, 20,93% dos 1.056 entrevistados disseram ter a intenção de comprar um brinquedo, o que tem animado os lojistas
Jornal de JundiaíMesmo com a crise, famílias não abrem mão de presentear filhos, sobrinhos e afilhados neste Natal. O que muda em relação aos anos anteriores é o gasto com presentes. Com orçamento mais enxuto, alguns pais decidiram comprar brinquedos mais econômicos para as crianças.
De acordo com a Associação Comercial Empresarial (ACE) de Jundiaí, 20,93% dos 1.056 entrevistados disseram ter a intenção de comprar um brinquedo. Números que animam os comerciantes.
"Isso significa muito em nível de ânimo e motivação para dar um Natal às suas crianças, apesar de todo o cenário", explica o cientista de dados Artur Marques, coordenador da pesquisa.
Os dados mostraram a intenção de compra de brinquedos no Natal, ou seja, grande parte dos entrevistados (61,54%) comprará em loja física e aproximadamente 60% pagarão em dinheiro. A expectativa dos lojistas é que mesmo com a crise, as vendas de Natal superem as do Dia das Crianças.
"Estamos vindo de uma crescente de vendas desde o Dia das Crianças e mesmo reduzindo horário de atendimento depois da Fase Amarela, não tivemos diminuição do movimento. Esperamos vender o mesmo que o Natal do ano passado", afirma Emerson Grosseli, gerente de uma loja de brinquedos no Centro de Jundiaí.
Para os pais, a pandemia mudou também a forma de presentear. Como é o caso de Vagner Ferreira Paiva, de 38 anos. "Como estamos fazendo isolamento social e não nos reuniremos este ano, decidimos enviar os presentes pelo correio. Reduzimos o orçamento, mas deixar de presentear as crianças, nunca".
A gerente comercial Tatiana Zanandrea Corsetti, de 43 anos, que fazia compras na companhia do filho Lorenzo, de 10 anos, também só comprará o essencial. "Antes dávamos lembrancinhas para os amiguinhos, mas este ano somente os filhos, afilhados e sobrinhos ganharão presentes. Além disto, faremos algumas doações para crianças que apadrinhamos".
DIVERSIDADE
Entre os brinquedos mais comprados neste período, os jogos estão em posição de destaque. É o que afirma a líder de uma loja de brinquedos no Centro, Graziela Benavides Frigo, de 38 anos.
"Sem dúvida os jogos estão batendo recorde de vendas aqui na loja. Por conta da pandemia, as famílias estão comprando brinquedos que podem usar juntas, jogar em família", relata.
Graziela também destaca que neste ano, as pessoas estão fazendo mais pesquisas. "Nossa expectativa é que as vendas aqueçam ainda mais na próxima semana, por enquanto muitos clientes estão na fase das pesquisas. Estão entrando na loja, pesquisando preço de brinquedos por idade, vendo o que compensa mais, o que cabe no orçamento. Para depois voltar e comprar tudo de uma vez."
Durante a pesquisa, a ACE Jundiaí ouviu 256 lojistas que não demonstraram grandes expectativas em relação às vendas de fim de ano, citando que as vendas nas lojas físicas já aumentaram um pouco, mas apenas itens de baixo valor estão sendo comercializados e em torno de 40% dos consumidores ainda estão em fase de pesquisa e não comprando.