19/01/10 11h02

Venda de imóveis residenciais deve crescer em 2009

Folha de S. Paulo

Após um ano de altos e baixos, com o susto da crise e uma retomada nos últimos meses, o mercado de imóveis residenciais novos está perto de fechar 2009 com vendas superiores às de 2008 na cidade de São Paulo, segundo estimativas do Secovi-SP (sindicato da habitação). Em lançamentos, porém, o número de 2009 ainda deve ficar um pouco abaixo do registrado no ano anterior. "Começamos 2009 a com impressão de que o mundo havia acabado, mas a realidade não se mostrou tão negativa no Brasil. O ano foi ruim até abril, depois melhorou e vamos superar nossas expectativas pessimistas", diz o economista-chefe do sindicato, Celso Petrucci.

Em lançamentos, a entidade esperava 25 mil unidades para 2009, e deve fechar o ano com 29 mil. Os lançamentos acumulados de janeiro a novembro atingiram 23.997 unidades, número 24,6% inferior ao registrado no mesmo período de 2008, com 31.812 unidades. Em vendas, a estimativa era de 28 mil, mas agora a previsão passa de 32 mil unidades. Os números de dezembro ainda não foram fechados. Em novembro do ano passado, o mercado de vendas cresceu quase 50% ante o mesmo mês de 2008. Foram registradas vendas de 2.611 unidades, ante os 1.760 imóveis comercializados em novembro de 2008. Os dados serão divulgados hoje pelo Secovi-SP.

O número, porém, não alcançou o patamar de novembro de 2007, que superava 3.000 unidades, quando o mercado estava fortemente aquecido. A recuperação começou em setembro último, quando o nível de vendas quase dobrou ante setembro de 2008, mês da quebra do Lehman Brothers, que aprofundou a crise mundialmente. Para Petrucci, os lançamentos serão modestos se comparados com 2008. "Mas é bom lembrar que 2007 e até agosto de 2008 foram períodos excelentes." A perspectiva para este ano é boa, impulsionada pelas vendas para a baixa renda, devido ao programa Minha Casa, Minha Vida. "Esperamos alta de 10% a 15%, tanto em lançamentos quanto em vendas."