20/07/10 09h54

Vendas da Philips crescem 40% no Brasil

Valor Econômico – 20/07/10

O impulso das vendas de TVs durante a Copa associado ao crescimento da área de iluminação estimularam os resultados da Philips do Brasil no segundo trimestre. A receita cresceu 40%, ante o mesmo período do ano passado, desconsiderando os efeitos cambiais. No mesmo período, a Philips global avançou 12%. "A Philips do Brasil é o motor de crescimento da Philips em termos globais", afirmou o presidente da Philips do Brasil, Marcos Bicudo, em entrevista ao Valor.

A Copa mais do que dobrou as vendas de televisores da marca no país entre abril e junho, o que fez com que o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (lajida) se recuperasse e marcasse alta de 19 pontos percentuais em relação ao prejuízo registrado no segundo trimestre do ano passado, quando o setor ainda sofria os efeitos da crise econômica mundial.

Além do segmento chamado pela empresa de "estilo de vida", onde estão incluídos os equipamentos eletrônicos, o ramo de iluminação também pesou positivamente nas vendas do país no período, principalmente com crescimento das vendas das lâmpadas de LED (sigla, em inglês, que significa diodo que emite luz). Os destaques de vendas no Brasil foram os mesmos das operações globais da empresa holandesa, que divulgou um lajida de € 527 milhões no segundo trimestre - acima dos € 118 milhões registrados no mesmo período do ano passado.

"Os emergentes são importantes para a companhia. Dentre os Brics, o Brasil é o mais representativo e tem sido prioridade estratégica para a Philips", disse o executivo. A taxa de crescimento da receita das subsidiárias dos países emergentes alcançou 29% no segundo trimestre e a participação dessas nações no faturamento total do grupo passou de 29% no ano passado, para 34%. "A estratégia global é fazer com que os emergentes cheguem a representar 50% do faturamento da multinacional nos próximos anos e o Brasil tem colaborado para isso", diz Bicudo. A companhia não informa a fatia do Brasil no faturamento global da Philips.

Sem detalhar as vendas por segmento, Bicudo afirma que a área de "estilo de vida" é a mais representativa das operações brasileiras, com participação de 60% dos negócios da empresa no país. Os segmentos de iluminação e saúde, por sua vez, representam 15% e 25%, respectivamente. No mundo, o peso de cada um dos setores é semelhante, com cerca de um terço de representatividade nos negócios globais da multinacional holandesa.