07/07/10 11h30

Vendas este ano atingem 56 milhões de aparelhos

Valor Econômico

A venda de celulares no Brasil pode chegar a 56 milhões de unidades em 2010. No número estão incluídos os 50 milhões de aparelhos que a indústria projeta fabricar para atender a demanda interna, além de 6 milhões de celulares importados, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). O volume de celulares fabricados para o mercado interno representa uma expansão de 9% na comparação com 2009, calcula a Abinee. Nas importações de aparelho montados o crescimento é ainda mais expressivo: 50%. A explicação para isso é a base menor de comparação no ano passado, pois por causa da crise as importações de aparelhos diminuíram 44% em 2009.

Só nos primeiros cinco meses de 2010, a venda de aparelhos celulares cresceu 31% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a consultoria GfK Retail and Technology. No período de 12 meses, os preços médios dos aparelhos apresentaram redução de 10%. Isso não impediu que a indústria aumentasse seu faturamento. De acordo com a GfK, o valor subiu 17% entre os meses de janeiro e maio de 2010 e o mesmo período de 2009. De acordo com Celia Teixeira, diretora de negócios da consultoria, os smartphones, vêm ganhando espaço de forma consistente desde fevereiro e já representam 7% do mercado. Os aparelhos desbloqueados respondem por 20% da base.

Para Marcus Daniel, diretor da divisão de celulares da LG, o ano voltou ao normal do ponto de vista da sazonalidade. "No ano passado houve uma redução muito grande das vendas no primeiro semestre devido à crise", diz o executivo. A LG tem no mercado mais de 30 modelos de celulares em cinco faixas de preços que vão de R$ 99 (US$ 55) a mais de R$ 1 mil (US$ 556). Entre as apostas da companhia estão os equipamentos com TV digital e os que podem funcionar com dois chips.

Na Motorola o foco é nos aparelhos com o sistema operacional Android, do Google. Atualmente, são seis modelos no mercado. A empresa também tem outros nove aparelhos carregados com sistema operacional próprio. Para Rodrigo Vidigal, diretor de marketing para a área de produtos móveis da fabricante, a participação dos smartphones no país pode chegar a 25% do mercado nos próximos cinco anos.