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VMware instala no Brasil sua sede para a América Latina

Valor Econômico - 12/02/2009

É tudo uma questão de trabalhar os fundamentos do negócio. Essa é a visão de Steve Houck, executivo que assumiu o recém-criado cargo de vice-presidente para a América Latina da americana. Nos últimos anos, a tecnologia de virtualização da VMware - que permite que um computador opere como se fosse vários com funções e configurações distintas - tem se propagado rapidamente nos departamentos de tecnologia da informação (TI), quase pelo boca-a-boca dos profissionais, que relatam redução de custos e ganhos de desempenho em suas atividades. O fenômeno também vem ocorrendo no Brasil e na América Latina, mas até pouco tempo atrás a VMware concentrava seus esforços internacionais na Europa e nos países de língua inglesa. Essa orientação mudou. A prova é que Houck está de mudança para São Paulo, onde ficará o comando da VMware para a América Latina. Em meados do ano passado, a VMware começou a definir uma estratégia para trabalhar melhor o crescimento no bloco de países formado pelo Brasil, Rússia, Índia e China (Bric), o que fez surgiu a necessidade de criar estruturas específicas para comandar essas operações. A VMware não revela números regionais, mas Houck destaca que os mercados brasileiro e latino-americano crescem mais rápido que o ritmo global de expansão da empresa, de 42% no último ano fiscal. Ele também afirma que as geografias acompanham a média do mercado de tecnologia, no qual a América Latina responde por 10% do faturamento global e o Brasil de 1% a 2% das vendas mundiais. Mesmo com uma participação que chega a 70% do mercado, a VMware ainda tem muito a explorar na virtualização. A estimativa é de que apenas 10% dos servidores em todo o mundo estejam virtualizados. Com a rápida expansão dos ambientes de TI e do tráfego nas redes de comunicação, a demanda pela tecnologia tem um forte viés de incremento. Nas projeções da consultoria Gartner, o número de máquinas virtuais vai passar de menos de 5 milhões em 2007 para 660 milhões em 2011. Segundo Houck, os próximos passos são mostrar que a tecnologia tem aplicação fora do ambiente de servidores e também é uma opção para pequenas e médias empresas.