14/01/10 11h58

Volks prioriza expansão de capacidade no Brasil

Valor Econômico

Após um ano de vendas recordes no país e já operando perto do limite da capacidade, a Volkswagen do Brasil vai direcionar a maior parte dos investimentos previstos para 2010 à expansão de suas fábricas. Para o ano, a expectativa é a de que as vendas domésticas cresçam entre 1 e 2 pontos percentuais acima da evolução do mercado, o que pode resultar em crescimento de até 8% para a companhia. De acordo com o presidente da Volks, Thomas Schmall, a montadora vai direcionar 60% dos aportes previstos para ampliação do parque fabril e a diferença será aplicada no lançamento de veículos - a previsão é de 13 lançamentos no ano, o primeiro deles em fevereiro.

Ainda não há, contudo, definição acerca das unidades fabris que poderão ser ampliadas. De acordo com o executivo, negociações com sindicatos, que estão em curso, pesarão na decisão, assim como produtividade e capacidade de acompanhamento por parte dos fornecedores. "Temos planos para Taubaté (SP) e São Bernardo do Campo (SP). Mas o plano será fechado nas próximas semanas e só vamos investir se for competitivo", disse.

A distribuição dos recursos que serão investidos neste ano difere do previsto para o pacote de aportes até 2014. Até lá, a montadora pretende investir R$ 6,2 bilhões (US$ 3,6 bilhões) no país, 60% dos quais para o lançamento de veículos. Segundo Schmall, 36% do investimento deverá ser financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), 40% virá de aporte direto da matriz e o restante será captado junto a outras fontes. O executivo não revelou o valor que deve ser desembolsado em 2010, mas adiantou que a montadora prevê aplicar outros R$ 20 milhões (US$ 11,6 milhões) para capacitar fornecedores.

Conforme o executivo, a escolha das fábricas que receberão os aportes depende do resultado de negociações em andamento com sindicatos, em relação a benefícios e parâmetros para a campanha salarial. Schmall apontou ainda que a fábrica de São José dos Pinhais (PR), a mais recente da companhia, deverá receber investimentos, porém inferiores aos previstos para as unidades fabris paulistas.