06/08/09 10h07

Volks se prepara para fazer 1 milhão de carros em 2012

Valor Econômico

A Volkswagen se prepara para produzir um milhão de carros por ano no Brasil em 2012. Isso equivale a praticamente um terço da produção de toda a indústria automobilística brasileira prevista para este ano. E esse número representará ainda um salto de 39% no ritmo da montadora alemã na comparação com o volume do ano passado.

Para este ano, a meta da companhia é chegar a 800 mil unidades, o que significa um crescimento de 21% na comparação com dois anos atrás. Para atingir seus objetivos, a Volks começou a monitorar os fornecedores para estimulá-los a investir em aumento de capacidade de suas instalações. Caso contrário, a maior fabricante de veículos do Brasil corre o risco de chegar em 2015 com uma defasagem de 20% entre a capacidade e a necessidade de produção no país, segundo o vice-presidente de compras da montadora, Alexander Seitz.

Os planos de crescimento da Volks vão além do ritmo de toda a indústria automobilística. Vale lembrar que, apesar da euforia no mercado doméstico, a associação que representa os fabricantes, a Anfavea, prevê para este ano uma queda de 5% na produção de toda a indústria na comparação com o ano passado. Mas é a força que tem no mercado interno que dá à Volks a perspectiva de poder crescer mais. A empresa tem hoje 26,3% do mercado brasileiro e tem disputado as vendas mês a mês com a italiana Fiat, que até 2008 foi líder no Brasil.

Enquanto a direção da montadora organiza as estratégias para vender mais, a equipe de compras precisa preparar a cadeia de suprimento de autopeças, componentes e materiais para evitar futuros gargalos. Neste ano, a Volkswagen do Brasil vai elevar seu volume de compras para RS$ 11 bilhões (US$ 5,95 milhões), 10% a mais do que no ano passado. A montadora gasta hoje em compras o dobro do que em 2002.

Um universo de 500 empresas abastece as fábricas da Volkswagen no país com material produtivo. Cada automóvel montado pela companhia no Brasil leva 85% de peças compradas no mercado local. Mas a companhia quer elevar ainda mais o índice de nacionalização. Dessa forma, o volume de compras para os carros mais novos vai aumentar.