26/05/20 14h52

Volkswagen reabre fábricas paulistas dia 26

Produção de motores será retomada de forma gradual em São Carlos; em São Bernardo e Taubaté algumas áreas produtivas continuam paradas

Automotive Business

A Volkswagen começa a reabrir suas fábricas paulistas na terça-feira, 26 – o retorno estava programado para a segunda-feira mas foi postergado em um dia por causa do feriado estadual de 9 de julho que foi antecipado para 25 de maio, como forma de reduzir a circulação de pessoas para conter a pandemia de coronavírus. Todas as áreas da planta de motores de São Carlos voltarão a operar de forma gradual, em dois turnos. Já as unidades de montagem de veículos em São Bernardo do Campo e Taubaté retornam parcialmente às atividades, alguns setores seguirão parados até 1º de junho, quando está prevista a retomada completa.


Com a reabertura das três fábricas paulistas, a Volkswagen retoma a produção de todas as suas seis unidades industriais na América do Sul. São José dos Pinhais (PR) foi a primeira no Brasil a voltar a operar, no último 18 de maio, junto com a planta de Pacheco na Argentina . A fábrica de transmissões de Córdoba já tinha sido reaberta no fim de abril e foi a primeira da região a retornar às atividades.

FOCO NAS EXPORTAÇÕES

As fábricas com maior volume de exportações estão retornando ao trabalho com maior intensidade, como foi o caso de Córdoba, que exporta mais de 95% das transmissões que produz, e de Pacheco que envia a picape Amarok para 35 países no mundo e passa por processo de transformação para começar a produzir um novo SUV médio-compacto no início de 2021. São Carlos também tem contratos de fornecimento externo para plantas do Grupo VW.

Ainda que de forma gradual, a unidade de São Carlos vai voltar a operar em dois turnos todas as áreas de produção, incluindo os motores da família EA211 nas versões 1.0 e 1.6 MPI (aspirados) e os turbinados 1.0 e 1.4 TSI, além do antigo EA111 1.6. “Estamos priorizando neste primeiro momento o abastecimento para os mercados externos, como a exportação dos motores 1.4 TSI para o México, bem como a produção de motores para nossa unidade em São José dos Pinhais, que voltou a produzir o T-Cross”, explica Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen para a América Latina.

RETORNO COM NOVOS PROTOCOLOS

As fábricas paulistas da Volkswagen ficaram fechadas por cerca de dois meses. Assim como ocorreu em São José dos Pinhais, a volta ao trabalho acontece com a intensificação de medidas de higiene e segurança, adotadas com base nas experiências das fábricas do Grupo VW na China e Alemanha, seguindo protocolos internacionais e do governo brasileiro. As equipes administrativas continuarão trabalhando remotamente, em home office.

Segundo a empresa, foram estabelecidas mais de 80 regras e medidas, reunidas em uma cartilha digital, para serem seguidas por todos os empregados no regresso às atividades, que entre outras ações inclui distanciamento de 1,5 m entre as pessoas, instalações preparadas com sinalizações de segurança e higiene, uso obrigatório de máscaras nas dependências das fábricas (a VW distribuiu 67 mil máscaras de tecido do projeto Costurando o Futuro), limpeza e desinfecção periódica de todas as áreas, medição de temperatura dos empregados antes de ingressar no ônibus fretado e na fábrica, aumento do número de fretados para garantir maior distância entra as pessoas, uso de luvas para servir-se e demarcação de assentos nos refeitórios, instalação de postos de atendimento médico (três em São José dos Pinhais, seis na Anchieta/SBC, três em Taubaté e um em São Carlos) para orientação, triagem e atendimento mais rápido. A Volkswagen também compartilhou com fornecedores e rede de concessionárias as orientações e melhores práticas.

“Este reinício está sendo um grande aprendizado para todos nós. Começamos em São José dos Pinhais na semana anterior e tudo correu de forma tranquila. Os empregados entenderam a importância da implementação das medidas e estamos retomando aos poucos a produção. Tenho a certeza que o mesmo vai ocorrer nas demais fábricas que temos no Brasil”, avalia Pablo Di Si.