30/11/10 11h21

Volvo Construction quer ser a terceira do Brasil

Valor Econômico

A Volvo Construction Equipment anuncia hoje um investimento de US$ 10 milhões em sua fábrica, instalada em Perderneiras (SP), para incorporar a produção de mais três linhas de escavadeiras em seu portfólio, o que transformará a unidade brasileira na fábrica com maior leque de produtos feitos localmente - um total de dez equipamentos, como motoniveladoras, carregadeiras e caminhões articulados. A divisão de equipamento de construção da Volvo está tirando do papel um plano para ampliar sua presença no mundo em desenvolvimento. Entre os Bric - em específico, China, Índia e Brasil - a meta é estar pelo menos entre os três maiores fornecedores, o que no Brasil significa subir uma posição no ranking, passando a Komatsu, e ficando atrás apenas das concorrentes Case New Holland e Caterpillar. Hoje a venda aos Bric já corresponde a cerca de 50% da receita do grupo - 40% disso da China.

Segundo o presidente mundial da empresa, Olof Persson, o investimento no aumento da produção no Brasil faz parte de uma estratégia de longo prazo, que não guarda relação com a situação do câmbio hoje em dia. "Nós estamos tentando ser locais", diz o executivo. Isso significa ter produção e e cadeia de fornecedores situados no Brasil - o que facilita acesso a peças e mais agilidade no ajuste da produção. Aqui, a empresa registrou uma taxa de crescimento fora do comum este ano e chegou ao mesmo nível de produção de 2007 - ainda que não tenha batido o volume recorde de vendas em 2008, quando estourou a crise. No Brasil, venderam R$ 455 milhões (US$ 231 milhões) em 2009, e nos primeiros nove meses deste ano chegaram a R$ 570 milhões (US$ 335,3 milhões), totalizando 2,3 mil unidades vendidas - frente a 2 mil em todo o ano anterior. De acordo com Persson, o investimento brasileiro tem o objetivo de ampliar a capacidade de produção para continuar acompanhando o crescimento do mercado. Segundo Olof Persson, o Brasil tem mostrado taxas de crescimento impressionantes e tem bons fundamentos econômicos, o que justifica boas perspectivas de futuro. Ele destaca a existência de uma série de projetos em curso em infraestrutura, construção residencial e planos para a Copa e Olimpíadas.