02/03/10 10h33

Votorantim faz expansão na CBA

Valor Econômico

Enquanto monitora, com lupa, o que considera ainda fracos sinais de recuperação da economia mundial pós crise, pelo menos para os negócios que comanda, a Votorantim Metais decide que o momento é bom para crescer em alguns segmentos no Brasil. Por conta da expansão imobiliária, por exemplo, a holding de metais do grupo Votorantim vai investir R$ 400 milhões (US$ 222 milhões), 40% do seu orçamento total para 2010, em um projeto para expansão de produtos transformados de alumínio. Infraestrutura e embalagens são outros mercados promissores.

O dinheiro será alocado para instalar duas novas prensas de extrusão na unidade de negócio alumínio operada pela Cia. Brasileira de Alumínio (CBA) no interior de São Paulo. Os dois equipamentos vão adicionar capacidade de 2 mil toneladas mensais às atuais 3,6 mil de material fabricado, com destaque para perfis, usados em edifícios comerciais residenciais, comerciais e outros. As duas máquinas já foram encomendadas e a previsão da VM é estar com elas em operação ainda no quarto trimestre deste ano. "Nosso foco, no momento, é atender o crescimento da demanda que vemos no mercado interno", afirma João Bosco Silva, diretor-superintendente da VM. No cenário mundial, explica, ainda não existem fundamentos firmes que justifiquem a retomada de empreendimentos que foram paralisados por conta da crise de setembro de 2008, seja em alumínio, níquel ou alumínio.

A CBA, maior fundição de alumínio do país, com capacidade de 475 mil toneladas ao ano, tem projeto para instalar mais uma linha de 125 mil toneladas, a oitava da empresa, mas o plano está em banho-maria devido ao custo de energia no país, considerado um dos mais altos do mundo. Enquanto isso, busca ampliar sua oferta de produtos transformados. Cerca de 80% da produção da CBA está voltada para o mercado interno.