19/06/09 16h14

Wellstream concentra atuação no Brasil

Valor Econômico

A compra dos equipamentos para o início da produção em grande escala no campo de Tupi, a maior descoberta feita até hoje no pré-sal, está agitando os fornecedores da Petrobras. A inglesa Wellstream está elevando sua aposta na região e concentrando seus negócios no país, mesmo com a estatal apertando o cerco aos fornecedores, exigindo preços menores e aumentando a concorrência ao dividir as compras em pacotes. A inglesa disputa com sua principal rival no país, a francesa Technip, a licitação para venda de 100 quilômetros de linhas flexíveis, que vão coletar o petróleo que sairá por sete poços furados em Tupi até uma plataforma flutuante. Essa plataforma também será encomendada. A Petrobras planeja produzir, nesse local, mais 100 mil barris de petróleo por dia e 3,5 milhões de metros cúbicos de gás. Isso explica porque os ingleses destinaram ao Brasil cerca de 70% das 50 milhões de libras esterlinas investidas nos últimos dois anos.

A estatal já produz 30 mil barris/dia no campo gigante de Tupi desde o dia 1º de maio. O volume é fruto de um teste de longa duração (TLD) que tem o objetivo de conhecer melhor o comportamento do reservatório. As linhas flexíveis usadas no teste foram feitas pela Wellstream, que agora disputa o novo contrato, cujo vencedor deve ser conhecido em breve.

Até o momento, a capacidade de produção da inglesa no Brasil para 2010 está ociosa. Isso ainda não é motivo de preocupação, diz o presidente da Wellstream do Brasil, Luis Antonio Gomes Araujo, já que serão concluídas as encomendas para os projetos de Tupi e as linhas que vão conectar as plataformas P-56 e P-57 aos campos de Marlim Sul e Jubarte, nas bacias de Campos e Espírito Santo, respectivamente.