25/06/09 11h56

Western Union vai abrir banco e corretora no país

Valor Econômico

A Western Union, uma das maiores empresas de remessas de recursos do mundo, quer ampliar as operações no Brasil. Vai abrir um banco e uma corretora de câmbio no país. A companhia já pediu autorização ao Banco Central e espera conseguir a licença até o final do ano. A Western Union já opera no Brasil desde 1998, mas apenas no segmento de transferência internacional de dinheiro e somente por meio de parcerias. Não tem uma rede própria. Um dos principais acordos é com o Banco do Brasil. Além disso, tem acordos com 11 corretoras de câmbio, que incluem nomes como Action, Fitta, Fair e Ourominas.

Com o banco, o objetivo da empresa americana é trazer novos produtos e serviços ao país, disse ao Valor sua presidente mundial (CEO) Christina Gold, que passou por São Paulo anteontem. A Western Union vai começar a oferecer serviços de pagamentos de contas (como energia elétrica, telefonia e outros serviços), segmento que é forte em outros países, como a Argentina, mas que ainda não operava no Brasil. No país vizinho, esses serviços cresceram mais de 30% no ano passado.

Também quer fazer transferências de dinheiro dentro do país e também do Brasil para outros países. Segundo Christina , o plano da Western Union é transformar o Brasil em uma espécie de plataforma de testes, trazendo vários produtos para o país, que vão dos já citados aos pagamentos por celular, serviços de pré-pagos e pagamentos entre empresas.

A investida da empresa no Brasil ocorre em um momento em que os Estados Unidos passam por uma recessão que tem estimulado grandes instituições americanas a buscar negócios em países emergentes. Com a Western Union não é diferente. Além do Brasil, a empresa voltou a operar na África do Sul e começou a oferecer os serviços de pagamentos de contas em outros países, como o Peru e o Panamá.